Fim do embargo de carne da China atende pleito da FAESP

 

20/12/2021 - Entidade havia pedido às autoridades esforços diplomáticos maiores para retomada das vendas.

Fonte: FAESP/SENAR SP

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          Fábio de Salles Meirelles, presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo (Faesp), salientou ter sido muito importante o fim do embargo da China à importação da carne brasileira, anunciado nesta quarta-feira, 15 de dezembro. Muitos produtores estavam enfrentando dificuldades de comercialização em decorrência da paralisação das vendas.

 

          "Por essa razão, mesmo reconhecendo os esforços do governo brasileiro, havíamos enviado ofício ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e ao das Relações Exteriores, pedindo esforço diplomático ainda maior para restabelecer os embarques ao país asiático, hoje o maior comprador da carne brasileira", lembra Meirelles.

 

          O fim do embargo representa um alívio para os pecuaristas, pois a demanda crescente dos chineses foi determinante para o investimento de muitos produtores brasileiros. Assim, seriam crescentes e significativos os prejuízos para o setor com a manutenção do embargo. Sua adoção foi responsável por acentuar a queda no preço dos animais de abate, considerando que o ambiente de especulação ganhou força e pressionou bastante os pecuaristas. Para que se tenha uma ideia do impacto, o preço da arroba do boi, por conta da suspensão das vendas, alcançou o patamar de R$ 265,00.

 

          O presidente da Faesp comemora o fim do embargo e reitera que a medida foi desnecessária e descabida, pois os dois casos suspeitos de vaca louca que motivaram a paralisação das compras pelos chineses foram isolados e atípicos, acometendo animais velhos, que sequer haviam sido encaminhados à produção. O serviço veterinário oficial brasileiro constatou não haver quaisquer ameaças, diagnóstico corroborado pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), que concluiu rapidamente relatório sobre a questão, enfatizando não haver risco algum no produto brasileiro.

          Agora, esperamos que o fluxo de exportações para a China seja restabelecido e que o mercado de animais para abate encontre um novo equilíbrio, condizente com o quadro de oferta e demanda atual.